Série Mulheres Artistas | Geovana Mara
No mês de celebração da luta das mulheres, nós preparamos uma série de entrevistas para divulgar e enaltecer o trabalho de mulheres artistas da nossa região! Toda semana traremos um bate-papo especial como forma de reconhecer e homenagear o espaço ocupado por nós mulheres.
Nosso objetivo é dar visibilidade e voz, além de é claro, apresentar artistas incríveis a todos vocês. Para estrear a #SérieMulheresArtistas
conversamos com a Produtora Cultural de Lorena, Geovana Mara.
conversamos com a Produtora Cultural de Lorena, Geovana Mara.
Eu, desde pequena, sempre fui envolvida em questões artísticas e culturais. Faço teatro desde criança, ganhei concurso de poesias, sempre gostei de usar fantasias, fazer aulas de dança, criar e me apresentar em festas de qualquer motivo ou tema. E Geovana é dessas mulheres artistas que impressionam! Com apenas 23 anos e com uma bagagem cheia de vontade de fazer a cultura acontecer nos lugares menos favorecidos ou pensados, ela tem muita história e inspiração pra compartilhar!
Conversamos com ela e resolvemos trazer esse bate-papo para nossa estreia aqui! Esperamos que gostem desse bate-papo pra lá de motivador!
– Conta um pouco sobre você e sobre como você se encontrou como produtora cultural?
Eu tenho 23 anos, sou jornalista formada há 3 anos, praticamente. Fiz faculdade aqui no Vale mesmo, no Unifatea. Quando decidi pela faculdade de jornalismo foi pelos motivos de gostar de escrever e de contar fatos para as pessoas e também pelo leque de possibilidades infinitas de aproximação. Percebi que poderia estudar e falar sobre o que eu quisesse, sendo jornalista. E aí, logo no início da graduação eu já percebi o quanto eu gostava de me manter próxima das questões culturais e artísticas, meu primeiro estágio me permitiu muito isso também, e eu me interessei pelo movimento cultural urbano. Lancei meu livro“Mochilando pelo mundo Eu”como projeto de TCC já no intuito de organizar meus lançamentos, rodas de conversa e ter um ano sabático para me redescobrir. E foi isso. Em 2017 eu já estava trabalhando com uma companhia de dança de Lorena e em 2018 peguei meu primeiro grande desafio, o Cinefest Gato Preto.
– Quais suas principais referências?
Nossa, é muito difícil falar das referências. É difícil porque as vezes eu não tenho tempo de conhecer, ou ao menos saber o nome dessa referência.
Mas eu me inspiro demais nas pessoas que fazem a cultura ser identificada onde falta o básico essencial da sobrevivência. Me inspiro nas professoras que trabalham 100% do dia delas, até quando chegam em casa, criando com carinho a decoração da festa do folclore na escola. Me inspiro nos líderes natos, que surgem espontaneamente num oratório da comunidade, na rua, na lan-house e que movimentam um cineminha na garagem, uma troca de livros na esquina.
Nossa, é muito difícil falar das referências. É difícil porque as vezes eu não tenho tempo de conhecer, ou ao menos saber o nome dessa referência.
Mas eu me inspiro demais nas pessoas que fazem a cultura ser identificada onde falta o básico essencial da sobrevivência. Me inspiro nas professoras que trabalham 100% do dia delas, até quando chegam em casa, criando com carinho a decoração da festa do folclore na escola. Me inspiro nos líderes natos, que surgem espontaneamente num oratório da comunidade, na rua, na lan-house e que movimentam um cineminha na garagem, uma troca de livros na esquina.
Eu me inspiro em quem acredita no pouco, porque essas pessoas fazem muito!
– O que a arte representa na sua vida?
Tudo. Sem clichê e demagogia. Tudinho mesmo. Eu não digo nem que preciso da arte pra viver. Ela é parte de mim. É natural. Não me imagino sem escrever, sem fazer rimas na janela do ônibus, sem pintar umas formas abstratas, sem dançar sentindo o peso da mochila.Eu sou muito emocionada. A arte é parte intrínseca de pessoas emocionadas.
– Como é ser mulher no seu meio?
É como ser mulher mesmo. As vezes dá a sensação de total compreensão das pessoas que estão em volta. As vezes a violência aparece também. O machismo surge em situações óbvias, a insegurança também. É um lugar sendo ocupado e já bem ocupado, eu diria.
É como ser mulher mesmo. As vezes dá a sensação de total compreensão das pessoas que estão em volta. As vezes a violência aparece também. O machismo surge em situações óbvias, a insegurança também. É um lugar sendo ocupado e já bem ocupado, eu diria.
– Qual o top 5 de mulheres que mais te inspiram?
Uau! Eu olho bastante pros lados, eu vejo quem está correndo junto e quem já está chegando lá na frente, então acho que meu Top 5 vai ficar bem íntimo:
– O que você acha que faz teu trabalho reverberar?
Alcançar pessoas que não têm intimidade com a identidade cultural. Dar esperança e chance de sonhar, de se permitir em alguma expressão artística. Isso me faz chorar de felicidade.
Alcançar pessoas que não têm intimidade com a identidade cultural. Dar esperança e chance de sonhar, de se permitir em alguma expressão artística. Isso me faz chorar de felicidade.
– Quais os temas você acha mais importante abordar?
Igualdade sempre! Eu acredito nessa palavra. Colocar todo mundo na mesma condição de humano, de vida, de conexão, principalmente. Isso torna a convivência mais empática.
Igualdade sempre! Eu acredito nessa palavra. Colocar todo mundo na mesma condição de humano, de vida, de conexão, principalmente. Isso torna a convivência mais empática.
– Como é produzir conteúdo cultural aqui na região?
É preciso ver o potencial da região. Identificar a cultura local, as deficiências locais. Dessa forma.O Vale é sensacional,mas o Vale foge daqui. O Vale acha que a cultura, que a manifestação artística está só na capital. Temos que olhar pra cá, valorizar os movimentos daqui, as histórias daqui.Aqui tem de tudo! Desde gente envolvida com o cinema nacional, até chefs de cozinha, excelentes ceramistas, surfistas incríveis, bordadeiras maravilhosas, a melhor paçoca do Brasil, pastel de nata, igrejas históricas, hotel pintado por Di Cavalcanti… É muita potência! O que falta, um pouco, é despertar o público e o setor privado.
É preciso ver o potencial da região. Identificar a cultura local, as deficiências locais. Dessa forma.O Vale é sensacional,mas o Vale foge daqui. O Vale acha que a cultura, que a manifestação artística está só na capital. Temos que olhar pra cá, valorizar os movimentos daqui, as histórias daqui.Aqui tem de tudo! Desde gente envolvida com o cinema nacional, até chefs de cozinha, excelentes ceramistas, surfistas incríveis, bordadeiras maravilhosas, a melhor paçoca do Brasil, pastel de nata, igrejas históricas, hotel pintado por Di Cavalcanti… É muita potência! O que falta, um pouco, é despertar o público e o setor privado.
– Quais seus planos para o futuro profissional? Tem algum projeto engatilhado?
Eu carta d’água. Eu preciso de movimento, de fluxo contínuo. Para o futuro eu determinei me manter próxima da arte e conexão do sentido de igualdade entre as pessoas. Não me afasto mais disso. E para o momento, estou trabalhando com o Festival Internacional de Cinema de Surf de Ubatuba, o festival Soy Loco Por Ti Juquery e o Cinefest Gato Preto. E além desses trabalhos eu sou artista também. Divulgo meu livro Mochilando Pelo Mundo Eu sobre identidade de gênero e sexualidade, faço teatro. Estou indo pra Curitiba, apresentar a peça“Ex-Pele” no Fringe, maior festival de teatro da América Latina. Aliás, estamos precisando de apoio para chegar até lá, estamos com um financiamento aberto no Catarse, quem puder ajudar, eu agradeço muito!
Trabalho como personagem vivo na empresa de entretenimento Cata-Vento e abraço qualquer causa, job, voluntariado que me emocione!
Acompanhem nossos artigos e entrevistas sobre arte e cultura em todo Vale do Paraíba e região, e mostre seu trabalho!
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