Senado: candidatos à presidência defendem independência institucional
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
A sessão que elegerá o novo presidente do Senado foi aberta por Davi Alcolumbre, em sua última sessão como presidente da Casa, por volta das 15h. A sessão começou com cinco candidatos, mas houve desistências de Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Lasier Martins (Podemos-RS) e Major Olímpio (PSL-SP) em favor de Simone Tebet (MDB-MS).
Cada candidato teve 15 minutos para defender suas posições antes que os votos fossem depositados nas urnas, espalhadas pelo plenário e em mais três locais do Senado, para que senadores possam votar com um menor risco de contaminação pela covid-19 e sem precisar ir ao plenário.
Jorge Kajuru (Cidadania-GO) fez críticas ao atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre, antes de anunciar a retirada de sua candidatura em apoio a Tebet.
Lasier Martins (Podemos-RS) fez uma defesa do combate à corrupção e declinou de sua candidatura em apoio à candidata do MDB.
Major Olímpio (PSL-SP) também fez uma defesa ao combate à corrupção e retirou sua candidatura para apoiar Simone Tebet “para termos a primeira mulher presidente do Senado”.
Rodrigo Pacheco (DEM-MG) exaltou as diferenças políticas e o diálogo entre todos os senadores. Pacheco destacou sua defesa à independência do Senado em relação aos demais Poderes. Segundo ele, não haverá influência externa na vontade dos senadores. “Asseguro, com toda a força do meu ser, o meu propósito de independência em relação aos demais Poderes e às demais instituições, buscando sempre harmonizar o Poder Legislativo com os demais Poderes da República”. Pacheco também defendeu a “vacina imediata” para os brasileiros e a ajuda do Estado aos mais necessitados, conciliando o respeito ao teto dos gastos públicos à assistência social.
Simone Tebet (MDB-MS) iniciou seu discurso agradecendo àqueles que se mantiveram fiéis à sua candidatura. Defendeu um pacto político sem barganhas políticas ou interesses individuais e também falou em independência do Senado. “Independência não para fazer oposição, mas para que possamos exercer nosso dever constitucional de legislar e fiscalizar os demais Poderes, para que sejamos o freio e contrapeso a qualquer tentativa de abuso de poder vindo de quem quer que seja”. A emedebista falou em fazer andar reformas estruturantes, com destaque para a reforma tributária, que estacionou no Congresso há vários meses.