Paz e Fé

Santuário Nacional celebra 20 anos da construção do Altar Central

Foto: Thiago Leon

O altar é o centro de uma Igreja, e foi por ele que as obras do Santuário Nacional foram iniciadas. A construção do Altar Central foi a primeira grande obra da “Campanha dos Devotos”, que hoje chamamos carinhosamente de “Família dos Devotos”. A obra finalizada foi entregue no dia 21 de julho de 2002, com uma Cerimônia de Sagração, celebrada pelo então arcebispo de Aparecida, o cardeal Dom Aloísio Lorscheider.

Hoje a entrega da obra do Altar Central completa 20 anos. Vinte anos de uma cerimônia em um fim de tarde de domingo, que contou com cerca de 10 mil pessoas e marcou o retorno dos devotos à Casa da Mãe. A missa foi presidida por Dom Aloísio Lorscheider e animada por Dom Darci Nicioli, que iniciou a celebração destacando a importância daquela data:

Esta é uma noite bendita! Nesta celebração acontecerá a dedicação do altar-mor deste Santuário. Aqui diante de nossos olhos, fruto do trabalho dedicado de muitos e da colaboração generosa da família Campanha dos Devotos de Nossa Senhora Aparecida. Por isso, esta noite é também de gratidão e reconhecimento”.

A procissão de entrada contou com a participação de um grupo de funcionários que representou todos os que haviam trabalhado na obra do novo altar, e nesta mesma ocasião, o primeiro Livro dos Devotos foi colocado sob o altar, contendo os nomes daqueles que colaboraram com a obra.

Ao final da celebração, em entrevista, Dom Aloisio Lorscheider agradeceu todos os que de alguma forma participaram deste grande momento:

“Em primeiro lugar, esse altar significa o sacrifício de muitas pessoas, unido ao sacrifício de nosso Senhor Jesus Cristo”.

Thiago Leon
Thiago Leon

 

Simbologia do Altar Central

A simbologia do Altar Central está ligada ao profeta Ezequiel, que falava da água que corre do altar e fecunda toda a terra. Em entrevista ao Portal A12Rodrigo Lemos, monitor cultural do Santuário Nacional, explicou o que significa o desenho do piso que reveste o Altar Central da Casa da Mãe:

“Esse ziguezague em torno do presbitério do Altar é o movimento das águas, das ondas de um lago; e o mais interessante é que Cláudio Pastro, que é o artista que ornamentou grande parte do Santuário Nacional, utiliza um pouco da cultura indígena, e nesse tracejado em ziguezague é uma forma indígena Marajoara da representação das ondas de um lago“.

Um lago? Alguns devem se perguntar o porquê dos desenhos representarem um lago, já que o Altar de uma Igreja deveria representar Cristo. Rodrigo explicou, e com certeza você vai entender esse lindo significado:

“De fato, o altar é como se fosse uma pedra que é lançada no lago. Cláudio Pastro falava do Cristo que desce do céu para se fazer presente no meio de nós. Assim como nós jogamos uma pedra no meio do lago, onde a pedra cai, ela vai formando ondas ao seu redor. E aqui no Santuário percebemos, nos quatro lados principais, as ondas que vão espalhando o amor de Deus que é emanado aos quatro cantos do mundo“.

Escrito por Lais Silva

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