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Presidente do Sindicato dos Atletas não acredita em retomada da A2 e diz que a situação vai ser analisada com calma

No cenário atual, com as paralisações de campeonatos por conta do coronavírus, é difícil pensar em uma saída para as decisões dos estaduais, já que até o momento não existe uma data certa para o retorno. Existem muitas dúvidas no ar e a continuidade dos torneios estão em cheque.

Em entrevista aos Campeões da Bola, Rinaldo José Martorelli, presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo, afirmou que o Campeonato Paulista pode terminar precocemente.

“O Campeonato Paulista é disputado em três níveis. A Série A1 é muito complicada (retomar), pois a grande maioria das equipes tem calendário nacional. A A2 e A3 são mais fáceis (de continuar). Vamos ficar um mês sem atividades. Se voltar, até treinar um pouco são quase 45 dias. É muito precoce falar que não vai ter. Mas, se tudo ocorrer como estão prevendo, dificilmente retomaremos os estaduais”, disse Martorelli.

“Mas podemos encontrar soluções. Talvez, pegar aqueles clubes que não têm calendário nacional e juntar com as demais séries. Pode acontecer uma mistura e refazer o campeonato”, completou.

O presidente adiantou que a paralisação já era prevista, já que esse é um assunto que preocupa desde o inicio das epidemias.
“O pico vai ter seu ápice meados e final de abril. Para preservar vidas, precisávamos uma atitude de paralisação. Nós estamos em um momento de incerteza e outras estão a surgir, como contratos de atletas, se o campeonato será retomado. Vamos discutir caso a caso. Não podemos permitir que haja uma vantagem indevida disso tudo. Que ninguém possa tirar, independente se é clube, atleta, federação ou patrocinador”, falou.

PREJUÍZOS!
Martorelli citou ainda que haverá prejuízos. A paralisação interfere diretamente nos clubes participantes das competições, desde os atletas até a diretoria que podem enfrentar fins de contratos, preparação e remanejamento de equipe.
“Sabemos da dificuldade de vários clubes. O prejuízo já esta instalado: moral, financeiro, técnico e físico. Temos que ter habilidade para minimizar esse prejuízo. Não conseguimos ainda levar aos clubes uma mentalidade de negociação. Quem sabe nessa necessidade, podemos sentar e resolver problemas de forma adulta.”

“Temos que analisar o quadro como todo. O futebol brasileiro vive um quadro de descumprimento geral, principalmente quando se trata de salários. Temos 10% cumprindo com o que assume e 90% não. Nesse 90%, 30% recupera rápido, os demais não. O ambiente é muito ruim. Quem não cumpre, não nos recebe com bons olhos. Temos que ser exigente aos comprimentos do contrato”, concluiu.

O presidente finalizou falando que buscará uma solução para a paralisação. “Grandes tragédias do mundo mudaram muitas coisas. Não vamos tolerar ninguém que queira buscar uma vantagem indevida. Não tem uma previsão que possa amparar essa situação atual. Vamos ter que fazer uma tese e fazer que o judiciário a entenda.”

 

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