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Paratleta Rafael Mateus segue em busca de vaga nas Paralimpíadas de Tóquio 2021

Foto: Ronaldo Casarin / Programa Esporte Para Todos

Lançar um implemento de madeira que pesa exatos 400 gramas o mais longe possível. Em um resumo bem simplificado, assim podemos começar a explicar o Lançamento do Club, prova específica do Atletismo Paralímpico, destinada a atletas com paralisia cerebral.

Em Taubaté (SP), Rafael Mateus, integrante da equipe do Pograma Esporte Para Todos é simplesmente o Recordista Mundial do Lançamento do Club na classe F31. Sua melhor marca até hoje, e que segue como Recorde Mundial, foi estabelecida em 05 de agosto de 2018. Na ocasião, Rafael disputava o Circuito Loterias Caixa de Paratletismo, e cravou a incrível marca de 30,72m.

De lá para cá, seu resultado tornou-se praticamente inalcançável. Em 2018, para se ter uma ideia do tamanho de seu feito, a segunda maior marca na prova nesta classe ficou apenas em 16,47m, feita pelo marroquino Imad Ouajih.

Em 2019, Rafael Mateus terminou a temporada como segundo no ranking mundial, tendo feito 29,38m como seu melhor resultado. O melhor do ano foi o russo Evgenii Demin, com 30,41m.

De olho nos adversários, e lutando para manter o foco e a forma física durante o longo tempo de isolamento por conta da pandemia do COVID-19, Rafael Mateus segue alimentando o sonho de estar nos Jogos Paralímpicos de Tóquio em 2021. Com o adiamento das Paralimpíadas, sua busca pelo índice ganhou um tempo extra, que o paratleta taubateano não pretende desperdiçar.

A assessoria de Imprensa do Programa Esporte Para Todos, bateu um papo com ele sobre o período de isolamento, os treinos caseiros e suas expectativas para o retorno às competições.

Como tem sido a sua rotina de treinos adaptados durante esta longa quarentena a que os paratletas brasileiros estão sendo submetidos?
Rafael Mateus –
 No começo foi difícil, pensei em várias atividades que eu conseguiria fazer, principalmente fazendo algumas adaptações. Por exemplo, comprei uma bolinha de um quilo para fazer lançamentos contra a parede, simulando o lançamento de Club, com força, foco, e velocidade.

Do que você mais tem sentido falta nesses meses longe da academia e do campo de lançamento?
R.M. –
 Sem dúvida sinto muita falta de treinar na minha cadeira de lançamento e fazer o Club voar. Os treinos adaptados ajudam a manter a forma física até certo ponto, mas faz muita falta treinar efetivamente como na competição, e trabalhando forte na academia também.

Você segue como Recordista Mundial do Lançamento de Club na classe F31, com a marca de 30,72m. Mas este ano você nem chegou a competir. Você acredita que essa falta de competições pode te atrapalhar na busca de boas marcas e do índice para os Jogos Paralímpicos?
R.M. –
 Eu sinceramente espero que não. Mas como eu comentei, treinar em casa não é a mesma coisa. Estou treinando focado em melhorar a minha marca, estou fazendo aulas de Crossfit adaptado em casa com o professor Fábio Ragazini, e isso está me ajudando muito a melhorar o condicionamento físico, para dessa forma não deixar cair o rendimento.

Como esse treino do Crossfit adaptado tem te ajudado na preparação visando o Lançamento de Club?
R.M. –
 Fui em busca das aulas dessa modalidade para recuperar condicionamento e o ritmo acelerado, e tem me ajudado muito. Estou me sentindo mais ágil, com potência e força. Nos dois últimos anos, nossa equipe de lançadores e arremessadores teve uma pré-temporada que usou o Crossfit como ferramenta para melhorar nosso condicionamento, e funcionou muito bem, nos deixando mais leves, mais ágeis e velozes.

Falando sobre a rotina de treinos em casa, como e onde você busca inspiração e motivação para seguir em frente?
R.M. –
 Busco sempre fazer meu melhor a cada dia, superando os meus limites, e não penso nas dificuldades.

Sua esposa Márcia tem ajudado bastante nessa rotina de treinamento em asa, não é?
R.M. –
 Sim. A ajuda da minha esposa tem sido fundamental. Porque ela me ajuda em tudo, e nos treinos é como se fosse minha treinadora. Ela me motiva muito, me empurra para prosseguir e não deixar o gás diminuir nesse período bem difícil que todos nós estamos passando.

Nós ainda não temos uma previsão de quando as competições de Paratletismo aqui no Brasil vão ser retomadas. Como você espera estar lançando quando as competições forem iniciadas?
R.M. –
 Espero estar lançando com toda garra, e melhorar a minha melhor marca. Almejo muito buscar o índice para os Jogos Paralímpicos de Tóquio, estou trabalhando muito e focado para isso.

 

Fonte/Crédito: Assessoria de imprensa do Programa Esporte Para Todos – Taubaté/SP

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