Papa diz que transgêneros podem ser batizados e apadrinhar crianças
Foto: Reprodução/ Vatican Media
Um documento do Dicastério para a Doutrina da Fé, aprovado pelo Papa Francisco, informa que pessoas transgênero podem ser batizadas e apadrinhar crianças.
“As pessoas transexuais, mesmo que tenham sido submetidas a tratamento hormonal ou cirurgia de mudança de sexo, podem receber o batismo se não houver situações em que haja risco de gerar escândalo público ou desorientação entre os fiéis“, afirma o Dicastério para a Doutrina da Fé.
O setor da Igreja que toma decisões sobre a doutrina recebeu uma série de perguntas sobre esses temas do bispo brasileiro Dom José Negri, da Diocese de Santo Amaro (SP). As perguntas do bispo brasileiro foram relacionadas às pessoas LGBTQIAP+ e aos sacramentos do batismo e do matrimônio.
Assinado pelo Prefeito do Dicastério, o Cardeal argentino Víctor Manuel Fernandéz, e aprovado pelo Santo Padre, Papa Francisco, o documento divulgado pelo Vaticano respondeu às perguntas do bispo brasileiro:
- Pessoas transgêneros podem ser batizadas?
Podem, com algumas condições e se não houver “risco de causar um escândalo público ou desorientação entre os fiéis“.
- Pessoas transgêneros podem ser padrinhos de batismo e de casamentos?
Podem, mas a decisão fica a critério dos padres, que devem ter prudência ao tomar suas decisões.
- Uma pessoa em uma relação com uma outra do mesmo sexo pode ser testemunha de casamento?
Pode, não há nada que proíba isso na legislação canônica.
- Um casal de pessoas do mesmo sexo que adotou uma criança ou que teve filho por meio de barriga de aluguel pode batizar o filho em uma cerimônia católica?
A resposta diz que é preciso haver esperança bem fundamentada de que a criança será educada na religião católica.
- Uma pessoa em uma relação com uma outra do mesmo sexo pode ser padrinho ou madrinha?
A resposta fala que a pessoa tem que ter uma vida em conformidade com a fé.