Museu recebe exposição de artista autodidata
O Museu Histórico e Pedagógico Dom Pedro I e Dona Leopoldina recebe, de 8 de agosto a 9 de outubro, a Exposição de Anahy. São 24 obras que contam a trajetória de Ana Cândido de Souza, uma artista autodidata que encontrou nas artes plásticas o lugar para retratar suas lembranças de menina.
Nascida em 1956 no bairro do Rola, zona rural de Pindamonhangaba, onde viveu até os 13 anos quando ficou órfã, Ana teve que trabalhar logo cedo em casa de família e fábricas da cidade, depois veio a vida de casada. Aos 30 anos, voltou a estudar e concluiu o ensino médio, aposentou-se depois de trabalhar anos nas bibliotecas públicas municipais, onde, além de suas funções, dava oficinas de trabalhos manuais como confecções de boneca de pano, pintura em tela, madeira, tecido e embalagens.
A leitura e curiosidade foram os professores de arte da agora, Anahy, pseudônimo da artista. Apaixonada pela brasileira e suas lendas, no nome Anahy é uma homenagem aos povos originários. Anahy (aquela de doce voz) é a lenda de uma menina indígena que ao ver a morte do seu povo e de seu pai, o Cacique, vingou as mortes e foi aprisionada, condenada e queimada viva na fogueira. Quando só restavam cinzas daquela cruel fogueira, espanhóis, português e todos presentes não podiam acreditar, um tronco com flores vermelhas se erguia. Desde então, quando se vê uma arvore de cortiça, sabe-se que por aí passou a história de Anahy.