Economia

Guerra da Ucrânia X Guerra entre Juros e Inflação e as consequências para o mercado financeiro

Foto: Divulgação/banco de imagens

Uma nova rodada de negociação para o cessar fogo na Ucrânia é a expectativa desta semana. Enquanto não se chega a uma definição a economia global toma rumos com os reflexos da guerra, com impactos sobre o comércio mundial, sobre os preços de commodities e sobre os ativos financeiros.

Luiz Scavone, assessor de investimentos e head de alocação da Maestro Investimentos com presença em São Paulo, São José dos Campos, Minas Gerais, Goiânia, Tocantins e Espírito Santo, faz um panorama sobre as consequências do conflito do leste europeu e sobre as expectativas para os investidores.

“Além das inúmeras implicações geopolíticas e humanitárias, há um cenário ainda mais desafiador para os investidores ao redor do mundo. E o Brasil não está imune aos desdobramentos desta invasão ocorrida do outro lado do planeta. Em momentos como esse, a primeira reação é de pânico nos mercados acionários com os agentes financeiros se desfazendo de suas posições de risco, principalmente as ações, e buscando ativos mais estáveis como a renda fixa, o ouro e o dólar americano”, comentou Scavone.

A cada notícia de novos bombardeios, de cidades sendo tomadas ou de avanços nas negociações para a paz, os preços oscilam muito e a volatilidade estará ainda mais presente nos portfólios dos clientes.

Com relação a queda do dólar, os especialistas acreditam que o real deverá seguir se valorizando nas próximas semanas. Isso é explicado por vários motivos entre eles, que há mais gente vendendo dólar para comprar real e também, pela a valorização de commodities de energia e agrícolas aliada aos juros em alta para frear a inflação. Isso atraem estrangeiros para o mercado brasileiro. Segundo a Bolsa Brasileira -B3 até o começo deste mês de março, os estrangeiros entraram com R$67,5 bilhões no mercado de ações.  Do começo do ano até agora, o investidor estrangeiro trouxe quase R$80 bilhões para a bolsa, entre compras no mercado à vista, futuro e ofertas de ações.

Comércio Mundial e Juros 

Como os dois países envolvidos neste conflito são grandes produtores e exportadores de grãos como trigo e milho, fertilizantes, gás natural e petróleo, a primeira consequência será o aumento no preço de energia, nos alimentos e uma inflação ainda mais persistente.

“Para a Bolsa Brasileira esta alta nos preços pode ser positiva para as empresas de commodities e para o Ibovespa que possui aproximadamente 35% de exposição ao segmento. Por outro lado, a pressão inflacionária poderá fazer com que o Banco Central do Brasil considere aumentar ainda mais os juros no país que impacta negativamente na atividade econômica”, apontou o especialista da Maestro Investimentos.

Neste radar sobre juros a atenção se volta para a tomada de decisão do banco central dos Estados Unidos que deverá aumentar a taxa de juros pela primeira vez desde 2018.

No Brasil, o Copom deverá rever a taxa Selic, a expectativa do mercado é que ocorra um aumento de 01 ponto, com a taxa básica indo para 11,75% ao ano.

Cenário Local 

A volatilidade também poderá ser influenciada pelo campo político, neste caso será pela condução que o governo poderá trazer para a redução dos preços de combustíveis.

Sejam por fatores externos ou internos influenciando os investimentos, vale a pena lembrar que estratégias e conhecimento trazem resultados diferenciados para todos os tipos de investimentos – “Devemos ter sempre uma carteira de investimentos equilibrada, diversificada e condizente com o perfil de risco individual para enfrentar momentos difíceis como o que estamos vivendo. Há alternativas que amenizam os riscos se utilizando de planejamento”, finalizou Luiz Scavone.

 

Fonte: Maestro Investimentos

São Paulo: Rua Gomes de Carvalho, 1108, 14º andar – Vila Olímpia. (11) 3164-3575.

S. José dos Campos: Av. Cassiano Ricardo, 319, 21º andar- Jd. Aquarius. (12) 3322-8919. (@maestro.investimentos).

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