Acontecendo

Ex-alunos do Senac Pindamonhangaba fortalecem protagonismo feminino em oficinas artísticas

Projeto Mulheres Guerreiras – gerações de luta tem promovido encontros para mulheres jovens e da terceira idade estimulando a narrativa de suas histórias

O projeto de empoderamento feminino Mulheres Guerreiras – gerações de luta, desenvolvido por ex-alunos do curso Agente Cultural do Senac Pindamonhangaba e selecionado pelo edital Linguagens Artísticas, do Fundo Municipal de Apoio às Políticas Culturais, por meio do Programa de Ação Cultural – ProAC Municípios, deu início, nesta semana, às suas primeiras oficinas artísticas. As atividades são voltadas para grupos de mulheres que se inscreveram no projeto e se encontram em estágios de vida com maior vulnerabilidade emocional e física: meninas de 13 a 18 anos, na transição para a fase adulta; e mulheres que estão chegando à terceira idade, a partir de 58 anos.

Serão quatro encontros nos quais acontecerão dinâmicas corporais e musicais, para reconhecimento de cada mulher no seu próprio corpo e no corpo coletivo. Dentro das atividades, cada participante será convidada a escolher uma vertente artística que lhe interesse mais, sendo arte visual, música e teatro. Técnicas como xilogravura, desenho e colagem, confecção de instrumentos e musicalização, teatro de sombras, entre outras, ajudarão as mulheres a materializar suas próprias narrativas. Ao fim do processo, cada grupo irá produzir uma exposição com todos os trabalhos realizados durante as oficinas.

O cronograma de atividades contempla ainda a apresentação da peça teatral A História de Bernarda Soledade – a tigre do sertão para as mulheres participantes do projeto. O espetáculo será realizado pela Severina Companhia de Teatro, que tem direção de Maíra Fróis, uma das ex-alunas da unidade e proponente do projeto selecionado pelo Fundo Municipal. Composto por 11 atrizes e musicistas, o elenco exclusivamente feminino conta a história de três mulheres da mesma família envolvidas em disputas territoriais, em um cenário de paixões e guerras, lágrimas e sangue. No segundo semestre de 2019, estão previstas, ainda, quatro exibições abertas para a população.

Ana Elisa Cherubini e Silva, coordenadora de cursos no Senac Pindamonhangaba, ressalta que a transformação social só é possível por meio da educação. “Quando observamos um projeto como esse ganhar espaço no mercado, promovendo ações culturais, beneficiando diretamente a sociedade e criando melhores oportunidades para a população, temos ainda mais clareza da importância de continuarmos oferecendo um ensino de qualidade. Estamos muito orgulhosos dos nossos ex-alunos.”

Sobre o projeto

Mulheres Guerreiras – gerações de luta, criado por ex-alunos do curso Agente Cultural do Senac Pindamonhangaba, tem como objetivo tornar as moradoras de Pindamonhangaba protagonistas de suas histórias, por meio de estímulos, ferramentas e espaços nos quais elas poderão expressar e materializar suas próprias narrativas.

“Só tivemos essa conquista porque recebemos todo o apoio do Senac Pindamonhangaba para construir a proposta. O curso mostrou exemplos práticos de como estruturar um projeto real, baseando-se em editais vigentes. A instituição foi fundamental para nos incentivar a pensar além do tradicional”, afirma Maíra Fróis, ex-aluna da unidade e proponente do projeto.

Natália Mendrott, outra ex-aluna do curso Agente Cultural, ressalta que desde o primeiro dia de aula, a turma foi estimulada a pensar em propostas tanto para satisfação pessoal quanto para fomentar o mundo do trabalho. “É transformador para mim, aos 19 anos, saber que um projeto desenvolvido por mim e meus colegas saiu do papel e ganhou as ruas da cidade”, finaliza.

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