Dória confirma retorno do Paulistão para o dia 22 de julho
Taça do Paulistão 2020 — Foto: Emilio Botta
Em coletiva de imprensa o governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quarta-feira que o Campeonato Paulista está autorizado a retornar no dia 22 de julho. A Federação, um dia antes, havia pedido ao governo estadual que autorizasse o retorno do Paulistão para a data agora liberada por Doria.
Segundo João Doria, os jogos só poderão ocorrer em cidades que estejam na fase amarela do chamado Plano São Paulo, que determina a reabertura das regiões em meio à pandemia do novo coronavírus. É o caso, no momento, apenas da capital e de parte da Região Metropolitana – as sub-regiões Sudoeste e Sudeste, onde ficam municípios como Santo André, São Caetano e Diadema. Cidades como Santos (fase laranja), Campinas (fase vermelha) e Ribeirão Preto (fase vermelha) não poderiam receber partidas hoje. Se a situação não mudar até lá, terão que mandar os jogos em outros municípios.
As cidades em fase vermelha têm outro problema: o avanço de cor ocorre a cada duas semanas, e a última atualização foi no dia 3. Com isso, elas só poderão chegar à fase amarela no dia 31 de julho, passando antes pela laranja (no dia 17).
– No dia 22 de julho, vai acontecer a primeira rodada do Campeonato Paulista. O Paulistão foi paralisado faltando seis rodadas para chegar ao final. A previsão é de que a final seja disputada possivelmente no dia 8 de agosto, sábado, e no dia seguinte, ao que tudo indica, começa o Campeonato Brasileiro – disse o governador.
– O Centro de Contingência da Covid-19 aprovou, em conjunto com a Federação Paulista de Futebol, com assistência médica da Federação Paulista de Futebol, o novo protocolo da retomada do Campeonato Paulista. Os jogos deverão ocorrer obrigatoriamente em cidades que estejam na fase amarela do Plano São Paulo e em estádios sem a presença da torcida – informou Doria.
O pedido da FPF para retorno no dia 22 de julho havia incluído um protocolo de operação de jogos para a conclusão do Campeonato Paulista, interrompido no dia 16 de março por conta da pandemia do novo coronavírus.
O documento prevê menos de 200 pessoas nas partidas, divisão dos estádios por zonas e confinamento dos 16 clubes da Série A1 do Paulistão em locais previamente determinados para o controle dos profissionais envolvidos nas partidas.
– O futebol de São Paulo vai continuar respeitando vidas e cumprindo rigorosamente os protocolos – disse o presidente da Federação Paulista de Futebol.
Restam seis datas para o encerramento do Paulistão: as duas rodadas finais da fase de grupos, os jogos únicos nas quartas de final e nas semifinais e os dois jogos da grande decisão.
A volta do Paulistão gerou polêmica nesta semana. O governador João Doria chegou a declarar que os times de São Paulo não poderiam iniciar o Campeonato Brasileiro sem o encerramento do estadual. A CBF rebateu e garantiu estar alinhada com as equipes. Nesta quarta, Doria disse que sempre manteve ótimo diálogo com a entidade que comanda o futebol brasileiro.
O presidente da Federação Paulista disse que está em contato com a CBF para debater o calendário, dada a distância de apenas um dia entre a final do Paulistão e o começo do Brasileirão. A ideia é esperar a definição dos finalistas do Estadual para decidir o que fazer com os jogos de abertura deles no Nacional.
– Vamos achar o melhor caminho, a melhor forma. Esse assunto vai ser tratado quando definirmos os dois finalistas. Depende de quem estiver na final – afirmou Reinaldo Carneiro Bastos.
Fonte: Globo Esportes