Com seis apresentações em abril, temporada online do espetáculo “Medeia em Faces” termina com público superior a 350 espectadores
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A retomada do espetáculo “Medeia em Faces”, mesmo encarando os desafios do distanciamento social em função da pandemia, foi encerrado neste último fim de semana, nos dias 24 e 25 de abril, registrando o público de 365 espectadores em seis datas de apresentação. Para respeitar as limitações impostas pelo Plano SP, devido à Covid-19, as apresentações foram realizadas de forma online, com o elenco encenando com todos os cuidados sanitários e o público assistindo à peça via plataforma Zoom.
Essa curta temporada de “Medeia em Faces”, realizada dentro do edital do PROAC Expresso (Estadual), por meio da Lei Aldir Blanc, mobilizou 15 profissionais, entre pessoal da técnica e elenco, e foram registradas cerca de 120 horas de atividades, somando os ensaios e as apresentações, a preparação do espaço e os debates sobre a peça após cada apresentação. A encenação nas seis noites foi realizada a partir da Estação Ferroviária Central do Brasil, localizada na região central de Pindamonhangaba (SP) – o prédio é tombado como patrimônio histórico pelo Governo Federal e está em concessão formal ao IA3.ORG.
O elenco do espetáculo reuniu as atrizes Nat Mendrot, Laura Alves e Gabriely Vitória e o ator Murilo Belvedereze. A peça “Medeia em Faces” traz de forma íntima o mito, até hoje recorrente em nossa sociedade, que desafia o tempo ao aproximar a mulher grega da mulher contemporânea provocando o paradoxo da razão versos emoção no público, ao julgar essa amante que oscila entre o mito e o humano. Ela é a bruxa, a mãe e a dona de casa, um ser passional que usa todo o seu conhecimento para dar à Jasão, seu marido, o poder desejado e, em retribuição, é traída por ele. Sem família, sem rumo e ultrajada vai às últimas consequências, do amor incondicional à ira irreversível, ao assassinato dos seus filhos que ela tanto ama.
Mais sobre a trajetória da peça “Medeia em Faces”
Após a primeira montagem do texto – que é uma adaptação livre da tragédia grega de Eurípides (431 a.C.) –, conduzida pelo dramaturgo Alberto Marcondes Santiago, em 2012, o projeto foi retomado no ano de 2018, já apoiado pelo Instituto IA3.ORG dentro do projeto Atores Sociais, chegando agora a sua terceira fase de apresentações. A peça já conquistou diversas premiações, como no Festival Estudantil de Mogi das Cruzes e no Festival de Teatro de Itapevi.