Com pistas de skate fechadas, Pâmela Rosa improvisa nos treinos em casa
Foto: REUTERS/Amanda Perobelli
A skatista Pâmela Rosa, destaque no Brasil e no mundo, é uma das principais apostas para conquista de medalha nas Olimpíadas de 2021, em Tóquio. Em entrevista ao Link Vanguarda, na última terça-feira, 23, a atleta de São José dos Campos falou sobre a dificuldade na adaptação dos treinos, preparação para as Olimpíadas e sobre a excelente fase que passava antes da paralisação devido a pandemia da Covid-19.
A modalidade que Pâmela pratica, é a Street, e por não poder treinar em pistas como a do Pavilhão, que foi alterada para ajuda-la nos treinos, a skatista tem improvisado dentro de casa.
– Graças a minha equipe, junto com o meu empresário e meus pais, conseguimos os caixotes e o corrimão para que eu não ficasse parada dentro de casa. Consigo colocar eles na garagem e até mesmo em frente de casa para poder me movimentar e não ficar parado. Está me ajudando um pouquinho, porque eu queria muito poder andar na pista, no Pavilhão é uma pista nova agora, mas o bom é que não estou parada. Não gosto de ficar parada, sou muito hiperativa.
A atleta também comentou sobre as Olímpiadas, que foi adiada para 2021, de acordo com ela essa foi a melhor escolha feita pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), pois o mais importante é a saúde dos atletas.
– Eu estava em um ano muito bom. Em 2019, consegui ficar em boas colocações em quase todas as competições. Em 2020, consegui ganhar o primeiro campeonato da segunda janela. Agora, as Olimpíadas foram adiadas. Eu estava muito focada, mas é o momento da gente pensar no coletivo. Acho que foi a melhor coisa que poderiam ter feito no momento. Não podemos brincar com a nossa saúde. E focar ainda mais. 2021 a gente acha que está longe, mas logo está chegando – afirmou.
Atual número um do ranking, a skatista que é um dos principais nomes do Brasil na disputa das Olímpiadas, ainda não garantiu sua vaga. Quando foi paralisados os torneios, ainda restavam cerca de seis etapas classificatórias.
– Antes das Olimpíadas, tem muitas competições. Sou a primeira do ranking, participei de cinco, seis etapas que eram muito boas para o ranking mundial. Em 2020, já tiveram outras competições. Teve uma em janeiro, que consegui ganhar. Mas ainda tem umas cinco, seis competições. Então, não estava nada certo. Agora que isso mudou, vai ter muito mais competições ainda. Estamos muito ansiosos para que tudo isso passe logo – disse.
Outro ponto abordado na entrevista foi quanto à volta das atividades em outros países, fazendo com que algumas concorrentes diretas consigam retornar aos treinos.
– Aqui no Brasil, pelo o que eu saiba, ainda não está nada liberado para gente poder treinar. Mas nos Estados Unidos e na Europa eles estão começando a liberar. Elas já estão começando a andar de skate. Muitas também têm pistas dentro da própria casa, então fica um pouco mais fácil para elas. Tenho certeza que tudo isso vai passar logo e a vamos poder andar de skate como elas estão andando. Elas já estão treinando e a gente está muito ansioso para que tudo isso passe – comentou.