Guaratinguetá

90 anos da Revolução Constitucionalista de 1932 – A casa do soldado constitucionalista

O Governo do Estado forma o MMDC como entidade de organização do movimento revolucionário, sendo que essa a entidade gerenciaria toda a logística e estrutura do movimento constitucionalista, inclusive as Casas dos Soldados Constitucionalista (aqui em Guaratinguetá foi instalada no casarão onde hoje é a ACEG) e do Lunch Express (onde as refeições eram feitas). As senhoras da sociedade paulista auxiliaram nas questões estruturais dos soldados em campo de batalha, cooperando para essas instituições.

A Casa do Soldado Constitucionalista foi instalada no casarão da Rua Marechal Deodoro que no passado abrigou um outro imóvel que foi, no passado a residência do Capitão-Mor Manuel Mello. Essa residência tem história na nossa cidade, pois em 1822 ela recebeu o Príncipe-Regente Dom Pedro I.  Além de autoridade da cidade, Manuel era um homem rico, sendo que o serviço para o príncipe era de um jantar em uma baixela de ouro, e talheres de prata, recebendo um elogio do príncipe no qual respondeu: “Rei Senhor, as posses dão”. Nesse momento era apresentado a personalidades locais, onde cumpriu a mesma agenda de Lorena: alinhar o auxílio de Guaratinguetá a causa da nossa Independência. Nesse ínterim o seu regimento de guarda era aumentado, além dos animais descansarem também para a continuidade da viagem.

Em 1900 foi demolida pelo arquiteto Agostinho Del Mônaco, onde ergue outra casa no lugar que será a sede da Associação dos Empregados do Comércio, entidade essa que representava os empregados e comerciantes da cidade. Com o engajamento da Associação Comercial de São Paulo na Revolução outras entidades do gênero iniciaram o mesmo engajamento com as Casas do Soldados.

Aqui em Guaratinguetá a Casa do Soldado foi primordial para o desenrolar do conflito. As senhoras da sociedade guaratinguetaense se envolveram nas demandas que a Revolução exigia, principalmente no cuidado com a alimentação, uniformes e na escrita de cartas (o número de soldados que não sabiam ler era grade) para o correio militar (o que elevava o moral das tropas). Com o fim da Revolução o casarão continua com a Associação dos Empregados do Comércio, até que a partir de 1953 sedia a Associação Comercial de Guaratinguetá (ACEG), entidade essa que está até os dias atuais no imóvel preservando sua história para as atuais gerações.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *